"Termo regional do Brasil, usado para os terrenos de brejo, na zona costeira. Corresponde,
algumas vezes, às zonas marginais de lagunas costeiras, parcialmente colmatadas, que
sofrem inundações produzidas pelas marés" (Guerra, 1978). "O apicum também ocorre em
manguezais, onde se caracteriza pela ausência ou reduções de vegetação em função da alta
salinidade" (Rogério Oliveira, informação pessoal, 1986).
A zona do apicum (em Tupi-Guarani brejo de água salgada à borda do mar ou
coroa de areia feita pelo mar) faz parte da sucessão natural do manguezal para outras
comunidades vegetais, sendo resultado da deposição de areias finas por ocasião da
preamar.
O Código Florestal Brasileiro determina que as áreas de manguezal são consideradas
Áreas de Preservação Permanente (APP). Como o Código não menciona
especificamente o apicum, os tanques de carcinicultura foram e estão sendo
construídos dentro do apicum,
Manguezais e marismas encontram-se distribuídos ao longo de
praticamente todo litoral brasileiro. Os manguezais dominam a zona tropical
enquanto as marismas constituem o ecossistema homólogo para a zona
temperada. Os apicuns associam-se aos manguezais, formando na realidade
um estádio sucessional natural do ecossistema. Tanto manguezal como
marisma são ecossistemas complexos, altamente resilientes e resistentes.
Manguezais são inquestionavelmente considerados como um dos
ecossistemas mais produtivos do planeta.
Os ecossistemas manguezal, marisma e apicum encontram-se entre as
zonas úmidas de importância internacional no contexto da Convenção de
Ramsar (1971). A situação atual desse grupo de ecossistemas e as
considerações sobre os principais vetores de pressões e perspectivas de
conservação e uso sustentável são analisadas sob a égide das oito unidades
fisiográficas descritas por Schaeffer-Novelli et al. (1990), equiparadas
E-mail: edson.araujo55@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário