Dona Luiza 87 anos e Paulo Brasileiro 85 anos
Reencontram-se após 60 anos e oficializam matrimônio provando que o amor não tem idade nem barreiras.
SONETO DA FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Vinicius de Moraes
Vinicius estava errado.
O amor não é mortal, mesmo sendo chama, por que a chama pode ser eterna se se reencontra passados tantos e tantos anos
Vinicius esteva certo, pois “De tudo, ao meu amor serei atento” .
Vinicius estava errado.
Não é “infinito enquanto dure”. Será e será sempre o infinito, já que nesta passagem terrena, eles se reencontraram.
Vinicius sempre esteve certo, por que “E em seu louvor hei de espalhar meu canto”
Antonio Corumba
