Minto bonita a cerimônia de casamento do
do jovem cacique Lucimário Apolônio com a índia Daniele.ambos da aldeia dos Xocós.
O evento teve a participação das aldeias ribeirinhos e quilombos de todo a redondeza, que chegarão de, embarcações , motos, cavalos bicicletas carros etc.
Prestigiarão o evento, autoridades do estado, entre elas o Secretário Luiz alberto da SUBPAC, Deputado João Daniel,o Prefeito de Brejo Grande, Frei Enoque,amigos e parentes residente em Aracaju e Alagoas.
O dia nove de setembro para muitos apenas um domingo como outro qualquer. Porém em um lugar a aproximadamente 200 quilômetros de Aracaju mais precisamente na Ilha de São Pedro, a Comunidade Indígena Xokó, tinham dois grandes motivos para comemorar: o primeiro é que esta data representa a Chegada a Ilha de São Pedro, momento indelével para História de Sergipe. Outro grande momento comemorativo do domingo, foi o casamento do jovem Cacique Bá e a jovem Daniele Xokó. Iniciando as comemorações, as quatro da manha do sábado para o domingo fomos surpreendidos pelo barulho dos fogos,era o anuncio de que aquele dia não era um dia qualquer, os Xokó, acompanhado de visitantes, passam por todas as casas da aldeia em rápida caminhada com seus cantos e danças. Por volta das 10:00 da manhã do domingo um Grupo Xokó que foram para mata praticar seus rituais retornam a aldeia esperados por centenas de pessoas que estavam anciosos para vê-los com suas vestimentas, danças e cantos em direção ao pátio principal da aldeia, onde acontece a grande roda composta pelo Povo Xokó, em seu ritual sagrado (dança Toré). Posteriormente as índias Xokó, trazem a noiva Dainiele, em um lindo encontro com seu noivo Lucimário Apolônio (Cacique Bá), para celebração do casamento indigena realizado pelo Pajé Raimundo. Em seguida os noivos são levados para a Igreja São Pedro, onde é realizada a missa e o casamento católico. Att: Marcos Paulo C Lima Carlos Sena
ORAÇÃO DO ÍNDIO
Íris Matilde Boff Serbena
(Fonte: blog Sala de Aula )
Ó GRANDE ESPÍRITO, Pai e mãe da cadeia da
Vida
A modernidade transformou as ondas do ar numa
grande comunicação planetária e já não escutamos o silêncio da tua voz.
As nuvens do progresso técnico e científico
ofuscaram tua luz e não conseguimos te ver.
Tua solene veste verde de florestas, campos e
pradarias te deixou semi-nu, exposto à exploração pela inteligência do Branco e
nos sentimos expulsos, rasgados, divididos e ultrajados. Assim não reconhecemos
tua soberana Beleza.
Os modernos meios de produção embaçaram de
poluição o espelho dos teus lagos e nós não Te conhecemos. A dança dos rios foi
profanada por dejetos e venenos. Silenciaram em represas o canto das Tuas
cascatas e, já não ouves nossos lamentos de socorro, tortura e saudade.
Enfraqueceu e desafinou o canto e a dança de nossos rituais.
Em nome do progresso ou para saciar a
selvageria do homem "civilizado", muitas das espécies raras de nossos
irmãos ancestrais, os animais foram sacrificados e dormem fossilizados no Teu
Ventre. Os que sobrevivem estão enjaulados, domesticados, comercializados ou
expostos à apreciação para curiosidade pública. Perdemos assim a nossa origem.
O que resta de nossa gente, nossas aldeias,
ritos e costumes, serve apenas para evocar ao "civilizado" a Natureza
Divina que nos deste, o Origem esquecida, a Sabedoria perdida. Ajuda-nos a
reatar o fio arrebentado na trama da vida que nos levam a Ti.
Como uma árvore arrancada de sua raiz,
vivemos órfãos de Ti. Estamos nas ruas quase como amostra grátis, nas
prateleiras como oferta, nossa história e cultura nos livros e museus para
estudo, pesquisa ou simples curiosidade: nas leis como um disfarce de proteção.
Benditos irmãos "civilizados" que
compartilham conosco o exílio na nossa própria terra.
Espírito de Luz, Sabedoria, Criação, nosso
canto é o choro, nossa voz é o silêncio, nossa dança é a fuga, nossa esperança
é retornar ao Coração Vivo e aconchegante da Grande Mãe " a terra dos sem
males" e sermos todos embalados e amados como filhos do mesmo Pai e da
mesma Mãe.
Postado por Angela Ursa às 2:53 AM 3
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sábado, 17 de abril de 2010
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